terça-feira, 27 de abril de 2010

hoje um beija-flor veio em minha janela =)

Tudo, tudo pode acontecer, feche os olhos, solte o seu prazer
Quando o sonho traz, a vida traz
Tudo, tudo pode o amor ganhar, passe o tempo passe o que passar
A noite vem, o dia vai...

Quando gira o mundo e alguém chega ao fundo de um ser humano
Há uma estrela solta, pelo céu da boca se alguém, diz te amo
E uma esperança, desce junto com a madrugada
Com um sol surgindo cada vez mais lindo pela nossa estrada

Esqueça então o não e o talvez, diga sim, esta é a sua vez
É o seu amor, que vai chegar...

Quando gira o mundo e alguém chega ao fundo de um ser humano
Há uma estrela solta, pelo céu da boca se alguém, diz te amo
E uma esperança, desce junto com a madrugada
Com um sol surgindo cada vez mais lindo pela nossa estrada

(Quando Gira o mundo - Fabio Jr.)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

“A única coisa que impede de Deus enviar um segundo dilúvio, é que o primeiro foi inútil” (Nicolas-Sébastien Roch, “Chamfort”, acadêmico francês, 1741-1794).
Deus recompensa mesmo que seja apenas um. O termo dilúvio determina uma quantidade enorme de chuva capaz de inundar enormes quantidades de terras; bem como, em termos restritos, em várias mitologias, uma inundação que destruiu toda a terra. A afirmação de Chamfort  tem seu lado hilário, mas apresenta também um convite a reflexão de como anda a nossa fé. Existem mais de 270 histórias de dilúvios entre os povos da terra, sendo a maioria ligada as suas origens. Na Bíblia ela é narrada em seu primeiro Livro (Gênesis, capítulo 6), procurando apresentar um ensinamento religioso nas relações entre o homem e seu criador. Nele o dilúvio aconteceu, pois o mal estava generalizado numa corrupção que parecia irremediável. Este foi  o motivo que antecedeu o dilúvio. “O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal” (Gn 6,5). Mas havia exceção, no caso Ele encontra Noé, um homem justo e perfeito, e com ele faz uma aliança e confia a missão de construir uma arca para salvar pessoas e animais indicados por Deus. Noé foi salvo, porque se recusou seguir a maioria e preferiu ficar fiel a Deus. Nos dias atuais, também há muitos convites para seguir a maioria em seus desvios de conduta, parecendo que o alerta do dilúvio já foi esquecido. Em muitos casos, procurar agir corretamente é desafiar a maioria ou ser contrário ao grupo. Como a grande maioria cede à pressão, a maldade continua desenfreada. Mas tem muita gente buscando uma saída, pois a bondade clama em seus corações. Aja corretamente para que outros se sintam animados em seguir o seu exemplo. (Reflexão feita por Jose Irineu Neneve). Bom trabalho!
Bom dia!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

Feliz Fáscoa!

Olá!
Hoje é um dia muito especial para todos que acreditam no poder de renovação, transformação e, principalmente, de espiritualidade do poder divino.


A palavra Páscoa que significa passagem é um evento religioso cristão mais importante entre as culturas ocidentais.
Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte,  por ter sido crucificado na Sexta-Feira Santa. Seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo, quando normalmente as pessoas vão às igrejas e se reunem em família para celebrá-lo.
A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada a refeição ritual que acompanha a festividade judaica da Páscoa. Nós costumamos não comer carne neste dia, e como somos calorosos nunca deixamos de nos presentear, rsrs…
O coelhinho da Páscoa simboliza esta data comemorativa, pois o coelho é um animal que representa a fertilidade e se reproduz rapidamente em grandes quantidades.
A Páscoa representa o nascimento e a esperança de novas vidas, sedo assim o coelhinho tem um grande papel e os ovinhos também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Receita de mulher


(Deu saudade de ler esse poema...rsrs)




As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança,
qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize
elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso
que súbito tenha-se a
impressão de ver uma
garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas
que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso,
é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que
umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas,
e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras:
uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.


(Vinícius de Moraes)


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